quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

30% das crianças brasileiras respiram pela boca



Sem tratamento, síndrome da respiração oral permanece na fase adulta

A respiração oral é um dos sintomas mais freqüentes na infância. O número é significativo: 30% das crianças brasileiras respiram pela boca e apresentam a chamada “síndrome da respiração oral”. Segundo a professora do curso de Fonoaudiologia da Feevale e fonoaudióloga, Vanessa Elias, e a fonoaudióloga Carolina Schirmer, se os motivos que levaram a criança a respirar pela boca não forem devidamente tratados, a síndrome permanecerá durante a vida adulta. “Os distúrbios respiratórios podem variar desde pequenos processos alérgicos até quadros mais graves, como a apnéia do sono”, explicam as fonoaudiólogas.

As causas mais comuns da respiração oral são as obstruções nasais e/ou faríngeas. As nasais podem ocorrer por desvio de septo, corpo estranho, hiperplasia de mucosa (como em uma crise de rinite), tumores, pólipos, fraturas ou atresias. As faríngeas, por sua vez, ocorrem por aumento de amígdalas e/ou adenóides (carne esponjosa). Ressalta-se que a flacidez dos músculos da face também pode fazer com que a boca se abra, ocasionando a respiração oral.


Fique de olho na boca!

Ao perceber que você ou seu filho respira pela boca regularmente, procure um dentista (ortodontista), um fonoaudiólogo ou médico (otorrinolaringologista) de sua confiança. Esses profissionais estão capacitados para diagnosticar, orientar e indicar o melhor tratamento. Entre as queixas apresentadas pelos pacientes ou pais de pacientes que respiram pela boca, estão as seguintes:

- roncar e babar à noite
- céu da boca alto e estreito
- sensação de boca seca ao acordar
- hálitose (mau hálito)
- menor rendimento físico (cansaço)
- dor nas costas ou musculatura do pescoço
- dormir mal
- sono durante o dia
- diminuição do olfato e/ou paladar
- gengivas hipertrofiadas (tamanho aumentado)
- olheiras
- lábios hipotônicos (moles)
- nariz geralmente entupido
- língua muito flácida e anteriorizada
- assimetrias faciais
- deglutição atípica (com a língua entre os dentes)
- respiração ruidosa
- mastigação ruidosa
- cabeça mal posicionada
- alteração das oclusões

As fonoaudiólogas Carolina e Vanessa lembram, ainda, que nem todas essas alterações estarão presentes em um mesmo paciente, sendo mais graves e em maior quantidade na medida em que o atendimento for tardio ou existirem predisposições genéticas para que elas se desenvolvam. “Para tratar a respiração oral é preciso saber, primeiramente, a causa”, afirmam. Muitas vezes, o tratamento é interdisciplinar, podendo ser médico (cirúrgico ou clínico), fonoaudiológico (ensinar ou reensinar o paciente a respirar pelo nariz e dar “força” à musculatura alterada) ou ortodôntico. “É imprescindível, nos casos de crianças com esse quadro, orientar à família, pois a conscientização da respiração nasal, a importância do uso do nariz e a adesão aos tratamentos propostos são fundamentais para uma evolução positiva”, concluem.


Autoria: Fga Carolina Schirmer e Fga Vanessa Elias

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


Olá a todos!
Iniciando um novo semestre, desejamos ótimos momentos fonoaudiológicos!! E para aumentar nossos canais de comunicação, este espaço é mais um para fortalecer o diálogo e para lembrar que 'sem fonoaudiólogo não tem conversa!'.
Curso de Fonoaudiologia da Feevale